Intersindical repudia declarações de ministro do TSE Napoleão Maia em julgamento da chapa Dilma-Temer

Imagem: Comunicação da Intersindical
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MOÇÃO DE REPÚDIO

A Intersindical – Central da Classe Trabalhadora repudia com veemência as declarações intempestivas, antidemocráticas e irresponsáveis do atual ministro do Superior Tribunal de Justiça, Napoleão Nunes Maia, em sua alocução no julgamento da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral, na sexta-feira (9).

Aproveitando de tempo destinado a externar seu voto, Nunes Maia utilizou a exposição pública da sessão para reclamar de acusações contra ele publicadas na imprensa sobre delações premiadas de executivos da empreiteira OAS que o atingiriam.

Em demonstração de desequilíbrio total para alguém imbuído das responsabilidades que o cargo exige, Nunes Maia afirmou o seguinte:

“Eu recebi da diaconia da minha igreja em Fortaleza uma pergunta sobre isso, esse negócio da OAS. Eu respondi ao pastor simplesmente assim: a medida com que me medem serão medidos e sobre eles desabe a ira do profeta”.

Em seguida, o Ministro fez um gesto com o dedo indicador no próprio pescoço, simulando uma lâmina a cortá-lo (foto).

Um gesto dessa natureza feito por qualquer pessoa já é fato grave. A situação se torna inaceitável quando cometido por figura pública e alto funcionário do Poder Judiciário. Trata-se de explícita ameaça de se fazer justiça com as próprias mãos.

Será que a confiança de Nunes Maia no Judiciário é tão baixa que pensa na violência como a melhor maneira de resolver disputas sociais?

Será que ele é tão desconfiado da Justiça por preferir bradar ameaças em rede nacional ao invés de entrar com uma ação nos tribunais?

Será que o ilustre Ministro desconhece os números da violência no Brasil, para optar por incentivar ainda mais tal escalada?

Por esses motivos, nossa central além de repudiar o gesto e as palavras de Napoleão Nunes Maia afirma que este senhor não reúne mínimas condições para ocupar o posto para o qual foi designado.

São Paulo, 12 de junho de 2017
INTERSINDICAL CENTRAL DA CLASSE TRABALHADORA


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