Ernesto Freire propõe forte autocrítica para a esquerda

Ernesto Freire propõe forte autocrítica para a esquerda | Intersindical
Imagem: Comunicação da Intersindical
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Ernesto Freire, da Federação Sindical Mundial (FSM) na América Latina, apimentou os debates sobre o “Mundo do Trabalho e os desafios do Movimento Sindical” propondo uma forte autocrítica da esquerda, conclamando pela unidade e a unificação.

“Em julho passado, celebramos o Foro de SP em Havana, Cuba, mas não conseguimos revitalizar a iniciativa de esquerda. Os partidos não podem ser eleitorais, têm que formar politicamente as massas, porque a riqueza do país são os trabalhadores e camponeses. É o desafio que temos que enfrentar como movimento sindical, autocriticamente, em nossas cúpulas”, afirmou.

O processo de formação, segundo ele, é o mais importante e deve começar entre os próprios sindicalistas. “Falamos da robótica e da 4º Revolução Industrial,mas temos que adquirir consciência, educação. Os dirigentes sindicais precisam de cultura jurídica, econômica, sem ser tão teóricos,  com os pés no chão da realidade”.

Além de lutar com os pés no chão, contra as políticas neoliberais, Ernesto lembra que os sindicalistas precisam trabalhar com o “pulsar do coração”: “viver para o trabalhador e não para o sindicato, parar de viver em congressos, senão ficam todos em utopias”.

Segundo ele, todas as modificações trabalhistas e a retirada de direitos em diversos países da América Latina e Caribe “parecem uma epidemia sem controle de acordos e aplicação de reformas anticonstitucionais para privilegiar os mais ricos”.

O dirigente cubano dá a receita de um antídoto: trabalhar o conceito de unidade de classe entre os trabalhadores. “Hoje, por exemplo, é dia da imprensa cubana em Cuba. Felicitamos os jornalistas, mas temos que felicitar os trabalhadores da imprensa em geral. A unidade tem que ser construída debaixo. Sem burocracia, com argumentos, para mobilizar, representar e aplicar, para que funcionem as convenções, senão não podemos resolver o problema no mundo do trabalho”, diz.

Além disso, Ernesto aponta para a necessidade de unidade entre os setores, tanto no âmbito nacional como supranacional.

O Objetivo de Desenvolvimento Sustentável da ONU número 8 diz: “Promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo e trabalho decente para todos”.

A Agenda da ONU para 2030 fala de trabalho descente, digno,segurança, equiparação salarial de homens e mulheres. “Não podemos falar do mundo do trabalho, sem falar de Governo, empregadores e trabalhadores, é tripartite. E quem organiza os trabalhadores? Quem representa? O sindicato”.

Texto: Tsuli Turbiani


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