Dia 17: nas ruas, trabalhadores/as deram lição de unidade e combatividade

Imagem: Comunicação da Intersindical
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Este domingo, 17/04, entrará para a história como o dia da farsa dos golpistas.

Mas entrará para a história também a combatividade, a unidade na diversidade e a disposição de centenas de milhares de pessoas de defender a democracia e impedir a instalação de um governo ilegítimo, disposto a aumentar a exploração ao limite para garantir a superacumulacao do 1% mais rico.

Se dentro da câmara dos deputados prevaleceu a hipocrisia, nas manifestações convocadas por todos os movimentos sociais deste país prevaleceram as lições da luta, da solidariedade e da resistência social.

Os últimos trinta dias, aliás, foram marcados por essa necessária unidade contra o golpe e o ajuste fiscal.

E o dia 17/04 não foi diferente. Nas diversas capitais, o setor consciente e consequente da classe se reuniu aos milhares, sob horas e horas de sol forte para defender a democracia e os direitos sociais.

A diversidade de gênero, racial, sexual e etária da nossa classe ganhou as ruas e praças das diversas cidades, em mais um dia de luta. Nos rostos de cada um, além da indignação com o golpe, demonstrações de solidariedade e de muita disposição para redobrar a luta.

Em Brasília, a esplanada dos ministérios dividida entre os setores populares e democráticos de um lado, e os setores golpistas e aqueles capturados pela manipulação e o ódio. As reações de cada lado eram radicalmente distintas, demonstrada nas sucessitas declarações hipócritas dos deputados que apoiaram o golpe, particularmente no voto de Cunha, Bolsonaro, Paulinho da Força. Mas os que ali na defesa da democracia também vibravam com os votos contrários à farsa e que se posicionam claramente na defesa da democracia, do mandato constitucional da presidente, mas sobretudo dos direitos ameaçados pelo golpismo.

“A Intersindical em nenhum momento vacilou em se somar a esse processo, que já é o maior processo de mobilização popular e de unidade das forças sociais progressistas e de esquerda das últimas décadas”, lembra Edson Carneiro Índio, Secretário Geral da Central. “E apesar da patifaria que prevaleceu na câmara, os movimentos populares não se deixaram levar pela perplexidade daqueles que se limitaram ao papel de comentaristas. Quem foi às ruas ontem saiu determinado a radicalizar na defesa da democracia”.

Para o dirigente da Intersindical, quem foi às ruas no ultimo mês lutar contra o golpe ficou, sem dúvidas, indignado com a patifaria de Cunha e das três centenas de deputados,  hipócritas. Mas saiu determinado a redobrar a luta contra o golpe.

“Milhões de trabalhadoras e trabalhadores, principalmente jovens, se reuniram ao longo deste processo contra o golpe. A grande maioria destes não é organizada em nenhum movimento social, partido ou outra organização. E se encontrou em função da unidade construída em torno da Frente Povo Sem Medo e da Frente Brasil Popular. Essa unidade foi um grande acerto do último período. Essa unidade será ainda mais necessária para enfrentar o que está por vir”, conclui Edson Carneiro Índio.

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Contra a farsa e o golpe, radicalizar na defesa da democracia
 Não aceitamos o golpe contra a democracia e nossos direitos! Vamos derrotar o golpe nas ruas!

A ilegitimidade deste processo golpista somada e a resistência social serão os grandes empecilhos que o grande capital e a direita encontrará para instalar Michel Temer na cadeira de presidente da república. Quem duvidar disso, não conhece a história de luta do povo brasileiro, como ressaltou Guilherme Boulos, dirigente do MTST e da Frente Povo Sem Medo no discurso em Brasília após a consumação da farsa comandada por Eduardo Cunha. Já Gilmar Mauro, dirigente do MST e da Frente Brasil Popular, registrou a importância das centenas de milhares dos que foram às ruas. “Vocês são comandantes fundamentais dessa luta  coletiva”.       

Para a Intersindical Central da Classe Trabalhadora, é preciso incendiar esse país de solidariedade, de luta pela democracia e de resistência social unitária ao processo golpista. Contra a hipocrisia e a manipulação da mídia, responderemos com diálogo franco e aberto com a população sincera. Contra a farsa, responderemos com luta direta. Contra o golpe, responderemos com democracia. Contra o ódio, o preconceito e a intolerância, responderemos com amor, solidariedade, unidade na diversidade, e muita, mas muita disposição para defender a democracia, os interesses da maioria da população trabalhadora e a soberania nacional.

Vamos continuar nas ruas. Mas vamos radicalizar na defesa democracia parando a circulação, a produção e os serviços contra esse processo golpista, farsesco. Nenhum governo ilegítimo vai conseguir enfiar goela abaixo da população essa farsa. Não vai ter golpe. Vai ter é muita luta.

Intersindical e movimentos populares unidos contra o golpe do grande capital e da direita:

 

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