Com altos lucros, bancos cortam 2.135 postos de trabalho no país

Imagem: Comunicação da Intersindical
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Sindicato dos Bancários de Santos e região

Apesar dos lucros em alta, os bancos fecharam 2.135 postos de trabalho no país nos primeiros quatro meses do ano, revela pesquisa divulgada pela Contraf em parceria com o Dieese. O estudo, mensal, usa como base os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

No primeiro trimestre, o lucro dos quatro maiores bancos (Itaú, Bradesco, Santander e Banco do Brasil) foi de mais de R$ 14 bilhões. Só o Banco do Brasil viu seus rendimentos mais que duplicarem no período, com crescimento de 117%.

Os bancos múltiplos, com carteira comercial, categoria que engloba grandes instituições como Itaú, Bradesco, Santander, HSBC e Banco do Brasil, foram os principais responsáveis pelo saldo negativo. Eles eliminaram 1.245 empregos. A Caixa, que vinha sustentando a criação de empregos no setor, teve corte de 977 postos de trabalho.

No total, 19 estados registraram saldos negativos. As reduções mais expressivas ocorreram no Rio de Janeiro (-596), São Paulo (-552) e Minas Gerais (-468). Já o Pará foi o estado com maior saldo positivo, com abertura de 111 postos de trabalho, seguido pelo Mato Grosso (90) e Maranhão (68).

Também de acordo com o levantamento, além do corte de vagas, a rotatividade continuou alta. Os bancos contrataram 10.410 funcionários e desligaram 12.545 nos primeiros quatro meses.

A pesquisa também revela que o salário médio dos admitidos pelos bancos foi de R$ 3.512,63, ante R$ 5.855,01 dos desligados. Assim, os trabalhadores que entraram nos bancos receberam valor médio 60% menor que a remuneração dos dispensados.

A pesquisa mostra também que as mulheres, mesmo representando metade da categoria e tendo maior escolaridade, continuam discriminadas pelos bancos na remuneração. A média dos salários dos homens admitidos pelos bancos foi de R$ 3.853,19 entre janeiro e abril. Já a remuneração das mulheres ficou em R$ 3.150,19, valor 18,2% inferior à remuneração de contratação dos homens.

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