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Educadores e comunidade escolar unidos contra o desmonte da escola pública gaúcha

Imagem: Comunicação da Intersindical
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Professores e funcionários da rede pública no Rio Grande do Sul estão mobilizados durante toda a semana para definir o calendário de mobilizações e resistência contra os ataques promovidos pelo governador Ivo Sartori (PMDB) contra a educação no Estado.

O ano letivo começa oficialmente para os alunos do Rio Grande do Sul na próxima segunda-feira (29) e já no primeiro dia está agendado um Ato Nacional em Defesa da Educação, com aula cidadã e participação da comunidade escolar.

Neiva Lazzarotto, do CPERS-Sindicato e diretora da Intersindical – Central da Classe Trabalhadora, diz que a situação no Estado é de “um desmonte perverso da educação pública”. Cerca de 50 mil estudantes da rede estadual, em 152 cidades, poderão ficar sem transporte escolar este ano,segundo levantamento da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs).

“Porto Alegre cortou o transporte gratuito para estudantes do ensino médio que estudam em escolas distantes e outros municípios podem ficar sem o Programa Estadual de Apoio ao Transporte Escolar por defasagem nos repasses. Nós, professores, estamos com salários atrasados, 13º picado, e reajuste zero”, afirma Lazzarotto.

O Estado tem realizado contratações emergenciais de educadores, enquanto há inúmeros concursados aguardando para serem chamados. Além disso, há uma tentativa de entregar a infraestrutura das escolas públicas às OSs (organizações sociais). “A escola faz parceria com uma empresa já que a desculpa é que o Estado não está dando conta”, explica a diretora da Intersindical.

O CPERS Sindicato reforça a convocação a todos os educadores e a comunidade escolar para participarem das mobilizações programadas para os próximos dias. A direção do CPERS apresentou inúmeros relatos sobre o desrespeito à autonomia das escolas públicas no Rio Grande do Sul e apresentou os números do Dieese sobre a defasagem salarial do Magistério, que atualmente recebe apenas 30,23% do Piso.

Haverá paralisação geral nas escolas e aula pública em Porto Alegre. A concentração ocorre às 13h30, no Largo Glênio Peres. Em seguida será realizada uma caminhada que irá passar pela Secretaria da Fazenda, para dar o recado ao secretário da Fazenda, Giovani Feltes, e aula cidadã ao governador em frente ao Palácio Piratini.

Nos próximos dias 15, 16 e 17 de março a categoria fará uma Greve Nacional, organizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) em todo o país. As principais bandeiras de reivindicação são:

-Pelo cumprimento da Lei do Piso;
-Contra a terceirização;
-Contra a entrega das escolas às organizações sociais (OSs);
-Contra o parcelamento de salários;
-Contra a militarização das escolas públicas;
-Contra a reforma da previdência;
-Contra a reorganização das escolas, por meio da enturmação e de redução de turnos;

No dia 18 de março haverá Assembleia Geral do CPERS, no Gigantinho, em Porto Alegre, para definir sobre a continuidade do movimento grevista.

“É necessária uma greve nacional para valer. Há razões concretas, os ataques que Estados e municípios estão fazendo contra a educação pública, contra a lei do piso salarial, com terceirização, parcelamento de salários, militarização e entrega às OSs demandam uma articulação mais forte. Três dias é pouco e vamos lutar aqui pela continuidade da greve”, afirma Lazzarotto.

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