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Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil voltam ao trabalho

Imagem: Comunicação da Intersindical
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INTERSINDICAL – Central da Classe Trabalhadora

Greve termina após 133 dias de paralisação

Os trabalhadores técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil iniciaram a volta ao trabalho nesta sexta-feira (9), após 133 dias de paralisação. Esta foi a greve mais longa e com maior número de adesões: 65 instituições federais de ensino.

A proposta de 5,5% de reajuste para agosto de 2016 e de 5% em janeiro de 2017, com a inclusão de 0,1% de reajuste no step (diferença entre um nível e outro na tabela salarial) foi aceita pela maioria dos trabalhadores e homologada em assembleias realizadas dias 5 e 6 de outubro.

Os benefícios serão reajustados a partir de janeiro de 2016, nos seguintes índices: auxílio saúde, 22,8% (diferenciado por idade e faixa salarial); auxílio pré-escolar hoje com valores variáveis, de R$ 66 a R$ 95, passa para R$ 321,00. Já o auxílio alimentação sobe de R$ 373,00 para R$ 458,00.

A Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra) considera a greve vitoriosa, diante da proposta inicial do governo de conceder o reajuste ao longo de quatro anos. No entanto, ressalta que o processo de lutaainda não está encerrado, uma vez que as pautas não financeiras foram ignoradas.

“Num processo em que o Governo teve de recuar de algumas de suas diretrizes, como o parcelamento do índice em quatro anos, estratégico para o ajuste fiscal, também teve limitadores e recuos por parte do governo em aspectos que expressam seu compromisso com o superávit para os banqueiros. Para a Federação, o Termo de Acordo ainda está aquém do que poderia ser feito em reconhecimento aos trabalhadores técnico-administrativos, mas é o resultado da luta e intervenção da categoria. Mesmo em meio ao quadro de ajuste fiscal, a Categoria obteve algo que minimiza as perdas, além de colocar uma perspectiva de calendário de mobilizações e lutas em breve. Ainda, serão retomados debates de pontos como os editais para implementação de 2000 vagas de graduação e 2000 vagas de especialização para os trabalhadores técnico-administrativos em educação no primeiro semestre de 2016, a racionalização, capacitação, trabalhadores cedidos à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), assédio moral e outros itens da pauta de reivindicações”, diz a Fasubra em nota.

Universidade pode fechar as portas em 2016

Além disso, o secretário de Ensino Superior do Ministério da Educação, Jesualdo Farias, afirmou na mesa de negociações que, com a retirada do abono permanência, cerca de 17 mil trabalhadores técnico-administrativos e 7 mil docentes podem aposentar no próximo ano.

Se isso ocorrer de fato, alerta a Fasubra, a universidade pode fechar as portas em áreas estratégicas por falta de pessoal, uma vez que o governo já avisou que não fará novos concursos públicos para a contratação de funcionários.

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