Os Trabalhadores, o Legado da CNV e a Campanha Reparar Já!: o caso Volkswagen como ponto de partida

Volkswagen monitorava trabalhadores
Imagem: Comunicação da Intersindical
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Gostaríamos de convidá-los a serem participantes ativos deste momento de encontro.

Desde o término da Comissão Nacional da Verdade no fim de 2014 insistimos na necessidade de dar continuidade aos trabalhos de verdade, memória, justiça e reparação. Acreditamos que uma das frentes imprescindíveis para o seguimento desta busca é a investigação e a responsabilização das empresas que construíram uma sólida aliança com os militares, condição para que a classe trabalhadora fosse a chave da geração de lucro e, ao mesmo tempo, o alvo prioritário do sistema de repressão e vigilância do período ditatorial.

O IIEP vem organizando desde o ano passado a Campanha Reparar Já!, cujo objetivo é investigar e denunciar as grandes empresas corresponsáveis pela repressão aos trabalhadores na ditadura.

Realizamos junto a parceiros nesta empreitada uma série de audiências públicas via a extinta Comissão da Verdade “Rubens Paiva” da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, que envolveram trabalhadores e dirigentes sindicais de empresas como a Volkswagen, a Embraer, a Cobrasma, o Metrô, a Aliperti e a Companhia Docas. Também promovemos um ato no Arquivo Público Municipal de São Paulo para o lançamento da Campanha Reparar Já! em outros lugares e com iniciativa de outros militantes e estudiosos no Brasil, afora outras atividades neste mesmo sentido.

A proposta do Seminário é de ser um debate participativo, que garanta a contribuição dos convidados, mas prioritariamente a fala e as proposições dos convidados ligados ao movimento sindical, a órgãos públicos da Justiça e a estudiosos do tema que estarão presentes para consolidarmos perspectivas comuns de ação.

Será apresentada a experiência do caso da Volkswagen, na qual operários reprimidos no período ditatorial e trabalhadores-pesquisadores construíram um consistente dossiê de documentação e depoimentos que comprovam a participação da empresa no sistema de repressão junto às forças militares e outras grandes corporações. O trabalho foi recebido em forma de representação pelo Ministério Público Federal que instaurou um inquérito civil para investigar oficialmente o caso.

Assim como a Volks, outras empresas ainda relevantes hoje no mercado estão impunes do conhecimento da população e da responsabilidade pela cooperação com a ditadura. Para aprofundarmos o tema, chamamos como convidados:

Adriano Diogo – Presidente da Comissão da Verdade “Rubens Paiva” da Assembleia Legislativa de São Paulo. Membro da Comissão da Verdade da Prefeitura de São Paulo.

Aderson Bussinger – Assessor do Sindicatos de Petroleiros do Rio de Janeiro e de Sergipe – Alagoas. Diretor do Centro de Documentação e Pesquisa da OAB-RJ.

Murilo Leal – Presidente da Comissão da Verdade de Osasco. Cientista social, professor da UNIFESP. Autor do livro A reinvenção da classe trabalhadora (1953-1964).

Renan Quinalha – Advogado e pesquisador. Trabalhou na Comissão da Verdade “Rubens Paiva” da Assembleia Legislativa de São Paulo. Autor de Justiça de transição: contornos do conceito.

Rosa Maria Cardoso – Membro da Comissão Nacional da Verdade, coordenadora do “GT-13”. Presidente da Comissão da Verdade do Rio de Janeiro. Advogada de presos políticos na ditadura militar.

Sebastião Neto – Secretário-Executivo do “GT-13” da Comissão Nacional da Verdade. Diretor do IIEP – Intercâmbio, Informações, Estudos e Pesquisas.

Andrea da Rocha Carvalho GondimProcuradora do Ministério Público do Trabalho (MPT) responsável pelo acompanhamento do Caso Volkswagen

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