Secretário da Federação Sindical Mundial faz palestra e debate

Imagem: Comunicação da Intersindical
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Sindicato dos Bancários de Santos e Região

O cubano Ramon Cardona, secretário da Federação Sindical Mundial (FSM) na América Latina e Caribe e integrante da Central de Trabalhadores de Cuba (CTC), esteve em Santos dias 24 e 25/2, a convite do Sindicato dos Bancários de Santos e Região e da Intersindical – Central da Classe Trabalhadora. Cardona assistiu, dia 24, a uma apresentação do coral do Sindicato, Grupo Vozes e, no dia 25, participou de uma reunião com a diretoria do Sindicato para explicar sobre o objetivo da FSM no mundo trabalhista e assistiu apresentação da orquestra de violões Cordas Bancárias. No início da noite, Cardona fez debate sobre a atual conjuntura política com o tema: BLOQUEIO AINDA EXISTE, RELAÇÕES CUBA X EUA E AMÉRICA LATINA.

FSM é a mais antiga do mundo

A FSM foi fundada em Paris, em 1945. É a organização sindical internacional mais antiga e fundadora da Organização Internacional do Trabalho – OIT. Segue a linha do movimento classista e luta contra o capital e o imperialismo, por uma sociedade sem exploração do homem pelo homem. Tem representantes na ONU, Unesco, FAO e OIT. Atualmente tem 80 milhões de membros em 120 países.

Entrevista

Cardona_diretoria-3694Ramon Cardona iniciou dizendo que: a FSM agrupa todos aqueles que defendem de verdade aos interesses dos trabalhadores. Porque existem organizações sindicais que dizem que defendem os direitos, mas na prática atuam contra os seus interesses. 

A Federação Mundial tem um plano internacional de defesa dos direitos dos trabalhadores e forma um destacamento de vanguarda com representantes sindicais. O capitalismo precisa de lucro a todo custo para sobreviver. Para isso, tem que explorar os trabalhadores cada vez mais vigorosamente. Como consequência, poucos detêm muitas riquezas e milhares têm pouca renda. O resultado é desemprego mundial. Na Espanha 50% estão desempregados, o mesmo acontece na Itália, Portugal, Grécia, América Latina.

“Precisamos defender a soberania e a economia de nossos países, com a integração dos trabalhadores, contra ataques capitalistas. Nisso o setor bancário tem muita importância para a sociedade. Sobretudo, porque o capital financeiro é fundamental ao capitalismo. Os trabalhadores bancários têm uma função social muito grande. Cada vez mais o capitalismo concentra-se no setor financeiro. O Sindicato dos Bancários de Santos (e Região) é exemplo de defesa dos direitos dos trabalhadores acima dos interesses dos patrões. É um sindicato que sabe lutar pela categoria e tem vínculos com os movimentos sindicais nacionais e internacionais. 

Também temos muitos pontos de vista em comum com a Intersindical. Os momentos são complexos no Brasil, Venezuela, Argentina e outros países do continente que estão sofrendo ataques do imperialismo norte-americano. Os direitos trabalhistas estão terrivelmente ameaçados. A FSM discutirá métodos com a Intersindical e outras organizações filiadas, a fim de defender e fortalecer os anseios dos trabalhadores brasileiros, latinos americanos e caribenhos”, ressalta o Secretário da FSM.

Sobre o Bloqueio dos EUA contra Cuba

Cardona fez questão de frisar que o bloqueio é um genocídio, não existe nenhum outro lugar do mundo que durou 53 anos. A vontade de negociar dos norte-americanos é bem-vinda. Mas o que se está fazendo é mudando a tática, mas mantendo a estratégia. A estratégia continua sendo destruir a soberania e a liberdade conquistada pelo povo cubano após a revolução socialista. 

“Os ianques (norte-americanos), para dizer que o bloqueio acabou, facilitaram a entrada de produtos cubanos, mas apenas aqueles que foram produzidos por setores privados. No entanto, os produtos produzidos pelo estado cubano estão proibidos, com objetivo de incentivar a privatização e destruir o Estado Socialista de dentro para fora. A abertura das relações diplomáticas é outra tática para estar dentro de Cuba e tentar minar a soberania. Porém o povo cubano está preparado para enfrentar essa manipulação”, encerra Cardona.

“Nós da INTERSINDICAL, que temos compromisso para com um sindicalismo classista, e propomos o socialismo, como um modelo de sociedade diferente em favor dos trabalhadores e trabalhadoras e dos povos empobrecidos por este sistema capitalista, temos uma grande tarefa a realizar”, Afirma Ricardo Saraiva Big, Presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região e Secretário de Relações Internacionais da Intersindical.

Fonte: Imprensa SEEB Santos e Região

 

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