Santander, Sérgio Rial e os jagunços do Mercado

Santander, Sérgio Rial e os jagunços do Mercado - INTERSINDICAL
Imagem: Comunicação da Intersindical
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Entusiasta das Reformas Trabalhista e Previdenciária, Rial encontra nelas um campo livre para contratar por hora (trabalho intermitente), terceirizar, pejotizar e explorar de forma selvagem o bancário. Livra-o de direitos trabalhistas e da justiça do trabalho. Rial não tem compromisso com o Brasil e os trabalhadores  

Não contente em ganhar bilhões explorando e assediando os bancários no Brasil, o presidente do Santander Brasil, Sérgio Rial, afirmou que seria melhor para o País que a Reforma da Previdência fosse iniciada ainda este ano, mas admitiu que o assunto está à mercê de decisões políticas. “Espero que a reforma aconteça ou o início do processo reformista. É melhor começar esse processo de reforma da previdência, que tem de ser feito”, avaliou o executivo.

Entusiasta também da Reforma Trabalhista porque o deixa livre para contratar por hora (trabalho intermitente), terceirizar, pejotizar e explorar de forma selvagem o bancário. Livra-o de direitos trabalhistas e da justiça do trabalho. Rial não tem compromisso com o Brasil e os trabalhadores. Ele é a personificação do Mercado, que não quer saber se o bancário e seus filhos vão sofrer ao cortarem seus salários, benefícios, direitos, empregos e a aposentadoria. Ou ainda, se o País vai ser mais justo, se a qualidade de vida vai despencar, se todos terão saúde e educação ou se a miséria vai tomar conta das ruas.

Rial luta para dar lucro ao banco, se agarrar ao poder e o resto que se exploda. Como raciocina o Mercado e seus jagunços no Brasil: o ministro da Fazenda Henrique Meirelles, o Presidente golpista e corrupto Michel Temer, o Presidente da Câmara Federal também envolvido em corrupção, Rodrigo Maia, mais de 300 deputados e senadores, como Aécio Neves; diversos governadores como Alckmin e prefeitos como Doria e Magalhães Neto!

Na visão de Rial, certo ou errado, Temer está comprometido com as reformas que regularizam a escravidão. “Não sou capaz de dizer se vai sair ou não a Reforma da Previdência que também não vai resolver a questão com uma bala de prata, mas é preciso que se inicie esse processo”, disse ele, acrescentando que a existência do debate já é positivo. Um debate mentiroso, porque contrariando as expectativas do governo Michel Temer, a CPI da Previdência Social no Senado concluiu, segunda-feira (23), que não existe deficit.

“É importante destacar que a Previdência Social brasileira não é deficitária. Ela sofre com a conjunção de uma renitente má gestão por parte do governo, que, durante décadas: retirou dinheiro do sistema para utilização em projetos e interesses próprios e alheios ao escopo da previdência; protegeu empresas devedoras, aplicando uma série de programas de perdão de dívidas e mesmo ignorando a lei para que empresas devedoras continuassem a participar de programas de empréstimos e benefícios fiscais e creditícios; buscou a retirada de direitos dos trabalhadores vinculados à previdência unicamente na perspectiva de redução dos gastos públicos; entre outros”, resume o senador Hélio José em seu relatório da CPI.

Permanência de Temer no Poder

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São Paulo – O presidente do Santander Brasil, Sérgio Rial, e o presidente Michel Temer durante abertura da 18ª Conferência Anual Santander (Beto Barata/PR)

Sobre a permanência de Temer na presidência, após a Câmara rejeitar a segunda acusação da Procuradoria Geral de República (PGR) contra ele por crime de corrupção passiva, ainda que com menor apoio, o presidente do Santander disse que não cabia a ele fazer uma avaliação. O que interessa a Rial é o lucro em cima dos explorados, sejam trabalhadores ou clientes. O Temer é corrupto, mas serve ao Mercado, isso que interessa e ponto!

“Houve o que já se sabe e o Congresso se posicionou. Ponto. A vida segue. A equipe econômica não é o único, mas um dos grandes trunfos que tivemos. Se compararmos o Brasil de alguns anos atrás e hoje, melhoramos em todos os quesitos”, analisou o presidente do Santander Brasil.

Ele disse ainda que espera impactos positivos (para os banqueiros) da reforma trabalhista que começa a vigorar no próximo mês. Comemorou ainda o avanço do cadastro positivo. “É algo (o cadastro positivo) extremamente importante para o sistema financeiro. Ter o cadastro positivo aprovado é fundamental para a melhoria do ambiente de taxa de juros no País”, concluiu o presidente do Santander.

Fonte: Sindicato dos Bancários de Santos e Região / Fotos: Beto Barata/PR


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