PM prende Eduardo Suplicy e o detém durante reintegração de posse em SP

Imagem: Comunicação da Intersindical
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A truculência da Polícia Militar se expande sem limites. Se até mesmo o ex-senador Eduardo Suplicy, preso nesta segunda-feira, foi vítima, o que dirá o cidadão comum, sobretudo se for pobre e negro, defendendo uma área ocupação por pessoas que não têm onde morar.

O ex-senador e ex-secretário de Direitos Humanos de São Paulo, Eduardo Suplicy (PT), foi arrastado por quatro policiais, pelos braços e pelas pernas, por volta das 11h da manhã de segunda-feira (25) e detido. A ação ocorreu durante uma reintegração de posse no bairro Jardim Raposo Tavares, Zona Oeste de São Paulo.

O político afirmou que sua posição é “contra a truculência inaceitável da PM, especialmente da Tropa de Choque, na desocupação de área ocupadas”. A presença dele foi para inibir a violência contra os moradores, sendo muitas crianças.

Em vídeo postado em sua página no Facebook, Eduardo Suplicy explica que se deitou no chão para impedir um possível confronto entre os policiais militares e os moradores do local.

“Eu expliquei ao delegado titular que a hora que eu vi um grupo de policiais militares avançando com escudos e uma escavadeira em direção aos moradores fiquei com receio de que pudesse haver uma cena de violência quase que incontrolável. Então eu falei vou me deitar para prevenir e evitar qualquer cena de violência”, relatou Suplicy a jornalistas que estavam no 75º Departamento de Polícia, para onde foi levado.

A reintegração de posse no bairro Jardim Raposo Tavares teve início na madrugada. Moradores que vivem no terreno, que é da Prefeitura de São Paulo, fizeram uma manifestação para evitar retomada das terras. No total, 350 famílias habitam o terreno e afirmam que não têm para onde ir.

O grupo chegou a colocar fogo em objetos, em um ônibus e armou barricadas. A PM arremessou bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo.

 

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