Movimentos sociais se reúnem com o governo para discutir a privatização da Celg

Imagem: Comunicação da Intersindical
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INTERSINDICAL – Central da Classe Trabalhadora

Um conjunto de organizações sociais e centrais sindicais, ao lado de sindicatos de trabalhadores urbanitários de Goiás e de outras partes do Brasil estiveram reunidos nesta segunda-feira (1) em Brasília com representantes dos ministérios das Minas e Energia, Casa Civil e Relações Institucionais para discutir a privatização da Companhia Energética de Goiás (Celg) – a primeira de uma série de mais seis distribuidoras.

Para a surpresa dos movimentos, os secretários-executivos dos três ministérios não apenas informaram que o governo Dilma irá sim privatizar as distribuidoras de energia como também foram ameaçados de sofrerem com cortes de verbas na saúde e educação caso a privatização não ocorra.

De acordo com os representantes do governo, o setor de distribuição de energia brasileiro precisa de R$ 18 bilhões em investimentos. A Celg necessitaria de algo em torno dos R$ 1,5 bilhão. A intenção do governo federal é vender a Celg por R$ 3 bilhões, sendo que R$ 1,8 bilhão ficariam com o estado de Goiás e o restante com o governo federal.

Edson Carneiro Índio, secretário-geral da Intersindical da Classe Trabalhadora, expôs durante a reunião que a venda de um patrimônio público como a Celg não chega, sequer, a pagar um dia do juros que o governo federal gasta com a dívida pública e a manutenção da taxa de juros nas alturas.

Washington Fraga, diretor do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas no Estado de Goiás (Stiueg) disse que a reunião com o governo foi frustrante, mas por outro lado destacou a unidade dos movimentos ali presentes e representados.

“Encaramos como positiva a reação dos movimentos sociais e outras instituições que apoiam a não privatização do setor elétrico. Eles se colocaram dispostos a romper com o Governo caso não haja mudança no sentido das privatizações”, destacou Fraga.

Das centrais sindicais presentes estiveram Intersindical, CUT, CTB, Conlutas; dos movimentos sociais MST e Mabe; além da Federação Nacional dos urbanitários, de diversos sindicatos nacionais de urbanitários e dos deputados federais Rubens Otoni (PT-GO) e Érika Kokay (PT-DF).

Confira um trecho da intervenção de Edson Carneiro Índio, Secretário Geral da Intersindical, na Audiência Pública com os ministérios da Casa civil, Minas e Energia e Relações Institucionais sobre privatização das elétricas:

 

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