Ipea comprova que assassinato de negros é 3,7 vezes maior que o de brancos

Ipea comprova que assassinato de negros é 3,7 vezes maior que o de brancos
Imagem: Comunicação da Intersindical
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A cada três assassinatos no País, dois são de pessoas negras, segundo o Boletim de Análise Político-Institucional (Bapi) do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgado recentemente.

Outra constatação é a de que os negros são as maiores vítimas de agressão por parte de polícia. A Pesquisa Nacional de Vitimização mostra que em 2009, 6,5% dos negros que sofreram uma agressão tiveram como agressores policiais ou seguranças privados (que muitas vezes são policiais trabalhando nos horários de folga), contra 3,7% dos brancos.

Segundo o Ipea, mais de 60 mil pessoas são assassinadas por ano no País e há um forte viés de cor e condição social nessas mortes. Enquanto a taxa de homicídios de negros é de 36,5 por 100 mil habitantes, no caso de brancos, a relação é de 15,5 por 100 mil habitantes.

Ainda de acordo com a pesquisa, a chance de um adolescente negro ser assassinado é 3,7 vezes maior em comparação com os brancos.

Há ainda a perda na expectativa de vida devido à violência letal 114% maior para pessoas negras. Enquanto o homem negro perde 20 meses e meio de expectativa de vida ao nascer, a perda do branco é de oito meses e meio.

De acordo com projeções da Secretaria de Direitos Humanos do governo federal, pelo menos 36.735 brasileiros de entre 12 e 18 anos serão assassinados até 2016, em sua maioria por arma de fogo, em caso de se manter o atual ritmo de violência contra os jovens. Trata-se do maior nível desde que o índice começou a ser medido, em 2005, quando a taxa era de 2,75 adolescentes assassinados por cada mil.

Leia também: Semana intensa de movimentações pela inclusão social dos negros no Brasil

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