Integralista parte para agressão física em votação de projeto medieval na Câmara de Campinas

Imagem: Comunicação da Intersindical
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Numa sessão tensa, marcada por conflitos e agressões, a Câmara Municipal de Campinas/SP aprovou na noite de segunda-feira, 29, em primeira votação, o projeto de emenda à Lei Orgânica que veta a inclusão de gênero no Plano Municipal de Educação. O público presente era formado por grupos contra e a favor da emenda.

Na medida em que a votação se aproximava, o representante do Movimento Integralista Linear Brasileiro, Cássio Guilherme (fotos abaixo), agrediu covardemente a professora Carolina Figueiredo, militante do PSOL e do Coletivo Rosa Lilás, que fez boletim policial de ocorrências. A agressão foi na frente da Guarda Municipal de Campinas, que se omitiu.

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Medieval – Vereadores querem a volta da “Idade das Trevas”

Na semana em que se comemora o Dia Internacional do Orgulho Gay (28 de junho) e com o mundo festejando a aprovação do casamento gay nos Estados Unidos (no Brasil está aprovado desde 2013), a maioria dos vereadores da Câmara Municipal de Campinas portam-se como se estivessem vivendo ainda na Idade Média (Datada entre os anos de 476 e 1453, o período ficou conhecido como os “Anos Escuros” ou “A Idade das Trevas”).

Por vinte e cinco votos contra cinco, eles aprovaram uma emenda radical à Lei Orgânica do Município que veta a inclusão da chamada “ideologia de gênero” no Plano Municipal de Educação. Votaram contra os vereadores do PSOL, PCdoB e PT.

O projeto é considerado inconstitucional e haverá recurso jurídico para impedir que venha a ser debatido em segunda votação, prevista para ocorrer em agosto devido ao recesso (férias) dos vereadores em julho.

Ignorância radical

Ela proíbe que o prefeito inclua o tema – direta ou indiretamente – no currículo escolar e impede que a própria Câmara venha a fazer proposições a respeito. No seu único parágrafo, a emenda diz que “não será objeto de deliberação, qualquer proposição legislativa que tenha por objeto a regulamentação de políticas de ensino, currículo escolar, disciplinas obrigatórias – ou mesmo de forma complementar ou facultativa – que tendam a aplicar a ideologia de gênero, o termo “gênero” ou “orientação sexual”.

Resumidamente, a ignorância radical e assumida. Uma enorme ignorância e mediocridade pessoal e intransferível que os vereadores que votam a favor do projeto querem submeter toda a população de Campinas.

O integralismo

Os grupos integralistas são praticantes de valores de intolerância (inclusive com agressões físicas – os chamados “carecas” caminham junto a eles em pensamento), marcados pelo chauvinismo (patriotismo fanático e agressivo), racismo e pelo discurso contra os imigrantes. Resumidamente, a insanidade do neofascismo e neonazismo que todos conhecem os resultados pela 2ª Guerra Mundial.

Para facilitar a compreensão em termos atuais, os integralistas compõem a chamada “extrema-direita”.

Os integralistas apoiaram a ditadura militar desde seu início, participando com estrutura física, falsidade ideológica na propagação de mentiras e com dedoduragem para a prisão (com consequente tortura e morte) dos que combatiam os chamados “anos de chumbo” no Brasil (1964 a 1985).

Assista ao vídeo produzido pela TV Movimento:

Fonte: Sindicato dos Químicos Unificados de Campinas, Osasco, Vinhedo e região

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