Hoje: audiência pública sobre a privatização da Celg precisa deixar negociação às claras

Imagem: Comunicação da Intersindical
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O governo federal já avisou que a Companhia Energética de Goiás (Celg) será sim vendida, ou melhor, entregue, à iniciativa privada. E apesar dos fortes apelos de movimentos sociais, trabalhadores e sindicatos, está sendo realizada na manhã desta quarta-feira (3) uma audiência pública sobre o tema na Associação Comercial e Industrial do Estado de Goiás (Acieg), em Goiânia. Trabalhadores temem que haja confronto com a polícia durante o protesto do lado de fora da Acieg.

“Esse é mais um rito no processo de preparação para privatização da empresa, independente da audiência a luta seguirá firme e mais forte do que nunca, queira ou não os Governos Federal e Estadual, pois os urbanitários já demonstraram sua disposição de luta”,  afirma o diretor do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas no Estado de Goiás (Stiueg), João Maria de Oliveira.

“É a hora de deixar às claras, com documentos apresentados, o que o governo pretende fazer, a sociedade precisa entender o processo que quebrou a Celg para depois vendê-la a preço de banana para a Eletrobras”, explica Wagner Alves Vilela Júnior, representante dos trabalhadores no Conselho de Administração da Celg.

A Eletrobras não fez investimentos na Celg desde que assumiu o controle acionário da empresa. A Procuradoria Geral do Estado de Goiás calcula que o passivo que os goianos terão de assumir com a venda da Celg será entre R$ 3 bilhões e R$ 5 bilhões. Além disso, o Estado assumiu uma dívida com a Caixa Econômica Federal (CEF) de R$ 3 bilhões como parte do acerto de transferência da Celg para a Eletrobras.

Conforme reunião realizada em Brasília com representantes dos ministérios das Minas e Energia, Casa Civil e Relações Institucionais para discutir a privatização da Celg na última segunda-feira (1) a intenção do governo federal é vender a Celg por R$ 3 bilhões, sendo que R$ 1,8 bilhão ficariam com o estado de Goiás e o restante com o governo federal. A questão do passivo não foi sequer mencionada.

Foto: Divulgação Stiueg

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