Greve geral de 3 dias unifica servidores públicos estaduais do Rio Grande do Sul

Imagem: Comunicação da Intersindical
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Uma greve inédita unificou os servidores públicos estaduais do Rio Grande do Sul e paralisa os serviços públicos do Estado, em resposta aos ataques aos salários, direitos dos servidores e aos serviços públicos pelo governador Ivo Sartori, do PMDB.

Numa Assembleia Unificada que reuniu mais de 30 mil servidores públicos, na tarde do dia 18 de agosto, terça-feira, no Largo Glênio Peres, no centro de Porto Alegre, foi deflagrada a histórica Greve Unificada de 3 dias para 19, 20 e 21 de agosto.

Mais de 3 dias de todo funcionalismo público parado. Todas as categorias de servidores do Estado estiveram representadas na mobilização que se iniciou ontem pela manhã e terminou no final da tarde com um ato em frente ao Palácio Piratini.

“Aqui no Rio Grande do Sul, ninguém vai bater nos professores como aconteceu no Paraná. Ninguém vai encostar um dedo em um professor. Não permitiremos. Bater em professor é como bater na própria mãe”, disse Isaac Ortiz, presidente do Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores de Polícia do Rio Grande do Sul (UGEIRM), durante a assembleia geral do funcionalismo público estadual, no Largo Glênio Peres, sintetizou a unidade inédita do movimento dos servidores contra as políticas do governo José Ivo Sartori (PMDB).

“A luta popular é decisiva. Isso exige se opor ao ajuste fiscal usado como desculpa para governadores e prefeitos implementarem pautas conservadoras e privatizações”, denuncia Neiva Lazzarotto, da Direção Nacional da Intersindical Central da Classe Trabalhadora.

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Pauta da greve

A pauta desta grande mobilização prioriza: pagamento integral e em dia dos salários; fim do congelamento dos salários, reajuste salarial; retirada de vários projetos de lei que tramitam na Assembleia Legislativa e atacam direitos dos servidores como o PL 206 que cria Lei de responsabilidade Fiscal Estadual, projetos de privatização de patrimônio público como a Fundação Zoobotância, o Jardim Zoológico; a reintegração dos Rodoviários da Carris demitidos por participarem das lutas por segurança; nomeação de concursados da educação, segurança e outros; contra o aumento de ICMS;  suspensão e auditoria da dívida do estado coma União.

As categorias com maior número de servidores são educação e segurança (Polícia Civil e Brigada Militar).

CEPERS e UGEIRM, reuniram respectivamente 10 mil e 5 mil, em suas assembleias no turno da manhã, antes da Assembleia Unificada. Os trabalhadores em educação lotaram o Gigantinho, na Asssembleia do CPERS, enquanto os Policiais Civis, organizados pela UGEIRM, realizaram sua assembleia em frente ao Palácio da Polícia.

 Desses dois locais partiram passeatas gigantescas rumo ao centro de Porto Alegre, para onde convergiram várias outras passeatas de outras categorias. O Largo Glênio Peres, próximo à prefeitura e Mercado Público foi tomado por uma multidão com faixas, cartazes, bandeiras, apitos, etc. Ali é que ficaram concentradas as manifestações os e dirigentes dos maiores sindicatos, como CPERS e UGEIRM.

Por Guilherme Santos/Sul21

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