Frente Povo Sem Medo reúne jornalistas em SP

Imagem: Comunicação da Intersindical
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Líderes de movimentos sociais estiveram nesta terça-feira (6) no Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo, para uma coletiva de imprensa da Frente Povo Sem Medo.

“A Frente Povo Sem Medo aparece para demonstrar o que a grande mídia não vê, que há uma terceira alternativa diante do regresso das forças conservadoras e desse governo que se apresenta com uma proposta popular, mas não presta de fato uma política aos trabalhadores”, destacou Douglas Belchior, professor da UNEAfro Brasil.

Apesar dessa mobilização alternativa de lutas estar sendo construída há quase um ano por diversos movimentos sociais, a Frente Povo Sem Medo terá seu lançamento oficial nesta quinta feira (8), às 18h, no Centro Trasmontano (Rua Tabatinguera,294 – Sé – São Paulo). A entrada é franca.

“Nós entendemos que é preciso nos unir em objetivos comuns: contra a ofensiva conservadora e as saídas à direita para a crise e contra as políticas de austeridade aplicadas pelo governo, em nome de um ajuste das contas públicas que promove o corte de direitos dos trabalhadores e o corte de programas sociais para o pagamento dos juros, não vamos pagar a conta dessa crise, defendemos a necessidade de uma auditoria da dívida pública”, explica Guilherme Boulos, do MTST.

Edson Carneiro Índio, secretário-geral da Intersindical Central da Classe Trabalhadora, fez questão de lembrar algumas ofensivas conservadoras que o Congresso tenta atualmente impor aos trabalhadores, tais como a lei da terceirização e as tentativas de tornar a CLT inócua, como é o caso dos projetos de lei que preveem a supremacia do negociado em acordo coletivo sobre o que está na lei.

“Estão tentando retornar a um golpe contra os trabalhadores como o que houve na década de 90, rasgando a CLT com a prevalência do negociado sobre o legislado”, disse Índio.

Participaram ainda da coletiva de imprensa representantes da CUT, CTB, União Negro, Movimento Juntos, Juventude anticapitalista, Rede Emancipada de Educação Popular.

 

Lançamento: 8/10, a partir das 18h.

Centro Trasmontano (Rua Tabatinguera,294 – Sé – São Paulo – mapa).

 

LEIA A CARTA CONVOCATÓRIA DE LANÇAMENTO DA FRENTE POVO SEM MEDO

O mundo vive sob o signo de uma profunda crise do capitalismo, que perdura desde 2008. Medidas de austeridade econômica dominam a agenda política, multiplicando desemprego, miséria e redução dos direitos trabalhistas. Por outro lado, os banqueiros comemoram cada aniversário da crise, aumentando seus já exorbitantes lucros.

No Brasil, as medidas econômicas não deveriam seguir o mesmo script. O “ajuste fiscal” do governo federal diminui investimentos sociais e ataca direitos dos trabalhadores. Os cortes na educação pública, o arrocho no salário dos servidores, a suspensão dos concursos são parte dessa política. Ao mesmo tempo, medidas presentes na Agenda Brasil como, aumento da idade de aposentadoria e ataques aos de direitos e à regulação ambiental também representam enormes retrocessos. Enquanto isso, o 1% dos ricos não foram chamados à responsabilidade. Suas riquezas e seus patrimônios seguem sem nenhuma taxação progressiva. O povo está pagando a conta da crise.

Ao mesmo tempo, os setores mais conservadores atacam impondo uma pauta antipopular, antidemocrática e intolerante, especialmente no Congresso Nacional. Medidas como a contrarreforma política, redução da maioridade penal, a ampliação das terceirizações, as tentativas de privatização da Petrobrás e a lei antiterrorismo expressam este processo.

No momento político e econômico que o país tem vivido se torna urgente a necessidade de o povo intensificar a mobilização nas ruas, avenidas e praças contra esta ofensiva conservadora, o ajuste fiscal antipopular e defendendo uma saída que não onere os mais pobres.

A conjuntura desenha momentos desafiadores para o movimento social brasileiro. Precisamos apostar na unidade nas ruas e nas lutas. Esta é a motivação maior de criar uma frente nacional de mobilização, protagonizada pelos movimentos sociais, a Frente Povo Sem Medo.

Será preciso avançar na agenda que os setores populares imprimiram em várias mobilizações ao longo de 2015, como o 15/4, o 25/6 e o 20/8 e também nas greves e mobilizações de diversas categorias organizadas dos trabalhadores:

– Contra a ofensiva conservadora e as saídas à direita para a crise. Não aceitaremos a pauta que este Congresso impõe ao Brasil. Defenderemos a radicalização da nossa democracia, a tolerância e as liberdades contra o racismo, a intolerância religiosa, o machismo, a LGBTfobia e a criminalização das lutas sociais.

– Contra as políticas de austeridade aplicadas pelo governo, em nome de ajustar as contas públicas. Não aceitamos pagar a conta da crise. Defenderemos que a crise seja combatida com taxação de grandes fortunas, lucros e dividendos, auditoria da dívida e suspensão dos compromissos com os banqueiros.

– A saída será nas ruas, com o povo, por Reformas Populares. Defenderemos a democratização do sistema político, do judiciário e das comunicações e reformas estruturais, como a tributária, a urbana e a agrária.

Esta frente nasce em um momento de grandes embates e com a responsabilidade de fazer avançar soluções populares para nossa encruzilhada. Sabemos que para isso será preciso independência política, firmeza de princípios e foco em amplas mobilizações.

Convocamos todos e todas a se somarem no lançamento da Frente “Povo Sem Medo” que será realizada no dia 08 de Outubro na cidade de São Paulo, às 18 horas.

AQUI ESTÁ O POVO SEM MEDO!

Leia também: Entidades lançam a Frente Povo Sem Medo

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