Educadores e estudantes se unem em Porto Alegre para pressionar o governo Sartori

Imagem: Comunicação da Intersindical
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As ruas principais do centro de Porto Alegre foram tomadas por milhares de educadores e estudantes de diversas regiões do Estado, que protestaram, na tarde de ontem (8), contra o desrespeito do governo Sartori (PMDB) com a educação pública. Após a concentração, realizada em frente ao CPERS, eles saíram em caminhada até a Secretaria da Fazenda e seguiram para o Palácio Piratini.

O Ato Estadual Unificado teve como objetivo mostrar ao governo e seus aliados a união de professores, funcionários de escola e estudantes em defesa da escola pública e dos direitos dos educadores e dos educandos.

Em frente a Secretaria da Fazenda, o grupo manifestou seu repúdio ao descaso do secretário da pasta, Giovani Feltes, com a categoria. Nas três audiências realizadas com representantes do governo, as quais houve o compromisso, assumido pelo governo, de que Feltes estaria presente, ele simplesmente não compareceu. Além disso, até agora, o secretário não demonstrou disposição de negociar com a categoria que já está fechando um mês de greve, cada vez mais forte.

Ao final do Ato em frente a Secretaria da Fazenda, educadores e estudantes deram um abraço no prédio para simbolizar a união de todos em defesa da educação pública.

Educadores

Educadores exigem a retirada do PL 44, que prevê a privatização das escolas públicas, e contam com o apoio dos estudantes, que já ocupam mais de 150 escolas no Estado, além da comunidade escolar que participou junto durante toda a manifestação.

Gritando palavras de ordem como “O professor é meu amigo, mexeu com ele mexeu comigo”, “A minha escola está no chão, estou aqui porque quero educação”, “Eu só quero é ser feliz, educação decente é o que eu sempre quis”, estudantes manifestaram seu apoio e denunciaram a precariedade das instituições em que estudam.

Ocupações já

Uma aluna do Colégio Protásio Alves denominou as ocupações como Junho Secundarista e afirmou a resistência dos estudantes. “Falta tudo. Falta estrutura, falta merenda, faltam professores e funcionários. Não vamos desocupar até que o governo atenda, de fato, nossas reivindicações e a dos nossos educadores”, garantiu.

A professora de História do Instituto de Educação e do Julinho, Paola Ribeiro, foi com o marido e as duas filhas, de um e cinco anos, participar do Ato. “O apoio dos estudantes, é um momento inédito e nos fortalece muito. O descaso deste governo faz parte do projeto de sucateamento da educação pública. Por isso, a importância das nossas mobilizações”, ressaltou.

Ao referir-se a união dos educadores e estudantes em defesa da educação pública, Helenir foi categórica. “Não será fácil para o governo vencer essa batalha. Estamos na quarta semana de greve que se fortalece a cada dia. Além disso, tem mais escolas que serão ocupadas nos próximos dias”, afirmou.

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