Professores do Rio Grande do Sul têm os vencimentos mais baixos do País

Imagem: Comunicação da Intersindical
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Dia 23 de março é o Dia Nacional do Piso Salarial dos Professores, porém a realidade dos professores e funcionários de escolas do Rio Grande do Sul não permitiu que os educadores comemorassem. O governo Ivo Sartori não paga o Piso Salarial do Magistério Público, descumprindo a Lei 11.738/2008.

Desde o ano de 2014 os educadores gaúchos não recebem reajuste salarial. Em janeiro de 2015 o reajuste do Piso foi de 13,01%, deixando o salário dos profissionais em educação no valor de R$ 1.917,78. Já em janeiro deste ano o Piso teve um reajuste de 11,36%, passando o salário base de R$ 1.917,78 para R$ 2.135,64 (valor para professores com jornada de trabalho de 40 horas semanais).

O Rio Grande do Sul é o Estado que paga o menor vencimento básico inicial para os professores estaduais. A conclusão é de um levantamento feito junto às Secretarias de Educação de todas as unidades da federação.

O governo Sartori afirma que o Estado não tem como pagar o Piso dos educadores, justificando a crise financeira. Mas, no ano passado, concedeu aumento salarial de 46% para o governador e vice, 64% para os secretários, 26,6% para os deputados e 0% para os educadores e os demais servidores públicos estaduais.

Educadores constroem greve

Após o término da Assembleia Geral do CPERS, realizada na última sexta-feira, dia 18, no Gigantinho, a Direção Central do Sindicato foi recebida pelo secretário de Educação, Vieira da Cunha, o secretário-adjunto da Casa Civil, José Guilherme Kliemann, e o chefe de gabinete do governador, João Carlos Mocellin.

Na ocasião, a presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer, entregou a pauta de reinvindicações da categoria, na qual constava o cumprimento da Lei do Piso Salarial. Helenir reivindicou a criação de uma mesa de negociação com a presença do secretário da Fazenda, Giovani Feltes, e o secretário-chefe da Casa Civil, Márcio Biolchi.

“Queremos discutir sobre os nossos salários, o pagamento do Piso dentro do Plano de Carreira e exigir o fim das ameaças aos educadores. Queremos propostas concretas. Agora, está nas mãos do governo: ou ele nos joga para a greve ou negocia”, ressaltou Helenir.

União, mobilização e luta

O CPERS/Sindicato tem uma história de 70 anos de luta pelos direitos de professores e funcionários de escola, sendo uma das principais bandeiras o pagamento Piso Salarial. As conquistas da categoria ocorreram sempre através da união e mobilização da categoria. “Estamos construindo juntos uma grande greve, no chão da escola, com toda nossa base. Nossa greve fará tremer as paredes do Palácio do Piratini. Juntos somos fortes e faremos valer os nossos direitos”, destacou Helenir.

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