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Contra a retirada de direitos dos trabalhadores e ataques do governo golpista de Michel Temer (PMDB-SP), trabalhadores da Intersindical – Central da Classe Trabalhadora e de diversas centrais sindicais ocuparam a Avenida Paulista nesta terça-feira(16) em frente à FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) para realizar o ‘Dia Nacional de Mobilização e Luta pelo Emprego e pela Garantia de Direitos’.
“Não aceitamos perder nossos direitos conquistados. A Intersindical tem uma posição muito clara a respeito desse governo e de todo o processo que o alçou. A nossa unidade é com todos aqueles que não aceitam a Reforma da Previdência, a prevalência do negociado sobre o legislado, a avanço da terceirização a entrega do Pré-sal”, disse Edson Carneiro Índio, Secretário Geral da central.
De acordo com ele, centrais de todo o país estão tentando construir a unidade para parar o país e para barrar e lutar contra a retirada de direitos da classe trabalhadora. Ele enfatiza que é preciso reduzir a taxa de juros, lutar por um modelo econômico de geração de empregos, distribuição de renda e de transformação social.
“Chega de ouvir o Paulo Skaff (presidente da FIESP) falar em pato! Queremos é que ele pague seus impostos sobre seu jatinho e suas propriedades. Queremos um modelo democrático que garanta a distribuição de renda. Para isso o que precisamos de uma reforma tributária para taxar os ricos e os banqueiros. Precisamos de uma reforma política para acabar com a bandalheira do Congresso Nacional”, alertou. “Michel Temer, tire as mão dos nossos direitos, da CLT e da previdência”, continuou.
Unidade das Centrais Sindicais
De acordo com o manifesto redigido pelo conjunto das centrais, a construção da unidade e de uma ampla greve geral visa reivindicar a adoção das seguintes medidas:
- Redução da taxa de juros que viabilizem a retomada do crescimento industrial;
- Redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução de salários;
- Retomada do investimento público e privado em infraestrutura produtiva, social e urbana, ampliando os instrumentos para financiá-la;
- Retomada e ampliação dos investimentos no setor de energia, como petróleo, gás e fontes alternativas renováveis, em especial a Petrobrás;
- Defesa do Pré-Sal e contra o PL 131 que retira da Petrobrás o direito de atuar como operadora e possuir participação mínima de 30% nos consórcios de exploração do Pré-Sal;
- Destravamento do setor de construção por meio de instrumentos institucionais adequados, que garantam a manutenção das atividades produtivas e dos empregos nas empresas do setor;
- Criação de condições para o aumento e manutenção da produção e das exportações da indústria de transformação;
- Fortalecer políticas que deem sustentação ao setor produtivo, de adensamento das cadeias e reindustrialização do País, com contrapartidas sociais e ambientais;
- Incentivos às políticas de fortalecimento do mercado interno para incrementar os níveis de produção, consumo, emprego, renda e inclusão social;
- Contra o PL 257 que repactua o pagamento das dívidas dos estados com a União e congela investimentos no serviço público impedindo novos concursos públicos e reajustes salariais;
- Contra a PEC 241/2016 que congela os investimentos públicos por 20 anos para pagar a dívida pública, causando danos à saúde, educação, transporte, entre outros.