Celso Amorim abre o Seminário Internacional da Intersindical

Imagem: Comunicação da Intersindical
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A discussão sobre a geopolítica mundial com o ex-ministro das Relações Internacionais, Celso Amorim, abriu os trabalhos do 1º Seminário Internacional da Intersindical nesta quarta-feira (13/03), no hotel San Raphael, em São Paulo.

O diplomata fez questão de destacar que a ofensiva imperialista sobre o Brasil e os países da América Latina começou a ser traçada quando os países em desenvolvimento começaram a se reunir numa articulação global, no sentido de buscar a multipolaridade e a multiculturalidade.

Amorim citou a Unasul, a Celac – onde pela primeira vez história países latino-americanos e caribenhos se reuniram sem a tutela norte-americana ou europeia, o IBAS (Índia, Brasil e África do Sul) e principalmente os Brics (Brasil, Índia, China e Rússia) como os principais incômodos ao imperialismo.

Os Brics ameaçaram porque representam 40% da população mundial, 35% do território do mundo, 25% do PIB mundial. “Lembro bem de duas capas da revista norte-americana “The Economist”, uma trazia a imagem do Cristo Redentor disparando como foguete, falando da ascensão do Brasil, e meses depois outra capa mostrava um mapa da América Latina de cabeça para baixo e título era “Não é mais o quintal de ninguém”. “O petróleo na Venezuela, o pré-sal no Brasil e a aproximação com China e Rússia com os Brics despertou uma articulação mundial”, disse Amorim.

O chanceler fez questão de destacar que a luta interna dos trabalhadores e trabalhadoras pela garantia de direitos e a luta internacional são a mesma luta. E agradeceu o convite da Intersindical para abrir os debates do seminário, admitindo que não é convidado para mesas sindicais, apenas para debates econômicos e diplomáticos.

Luta conjunta

“Enquanto a América Latina não melhorar não vamos conseguir avanços internos em reforma trabalhista, da Previdência, etc. No caso do Brasil o nosso desafio é recuperar o discurso racional em favor de nossas teses, apuração plena do assassinato da Marielle Franco e a questão da liberdade de luta. É isso que permitirá de fato exercer a democracia, arregimentar as forças e lutar pelas ideias”.

Todo o discurso de ódio que permeia a ideia de combate à corrupção e militarização, lembra Amorim, fazem parte da estratégia que o Jose Luiz Fiori descreve bem e que consta na estratégia de segurança nos EUA. “Ninguém vai defender corrupção, mas  sabe –se que esse discurso é estratégia dos EUA, eu diria que vivemos hoje “o império contra-ataca”.

Texto: Tsuli Turbiani


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