CECIs das aldeias Tenondé Porã e Krukutu entram em greve

Imagem: Comunicação da Intersindical
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Nós, lideranças, educadores e funcionários guarani das aldeias Tenondé Porã e Krukutu, escrevemos essa carta pública para divulgar a decisão que tomamos de paralisar as atividades dos Centros de Educação e Cultura Indígena (CECIs) de nossas aldeias por conta do descaso do poder público e da ONG Opção Brasil com nosso povo.

Estamos em greve por, novamente, há cerca de três meses o pagamento dos funcionários indígenas ter sido interrompido. O problema é recorrente, vem se somando com várias outras irregularidades e até agora não recebemos sequer uma ligação dos responsáveis para discutir a situação.

Nos últimos anos, por diversas vezes, o problema se repete e sempre que acontece os juruá (não indígenas) jogam o problema um para o outro e trazem desculpas burocráticas complicadas que não podemos entender.

No mês passado, junho de 2015, fizemos um pedido formal de reunião, em formato de documento digitalizado, com todos os responsáveis: ONG Opção Brasil, Diretoria Regional de Educação (DRE) Capela do Socorro, DRE Pirituba e as comunidades das terras indígenas. No documento, destacamos a necessidade de entendimento e solução do problema, porém até agora não obtivemos respostas.

Por isso, não nos resta outra opção senão entrar em greve e divulgar amplamente esse problema para exigir uma resposta da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo, da DRE Capela do Socorro, da DRE Pirituba e da ONG Opção Brasil, que são as entidades responsáveis pela Educação em nossas aldeias.

Pedimos o apoio de todos para resolver esse problema e garantir que a situação não se repita.

Anunciamos a todos que, se em 15 dias essa situação não for resolvida, vamos comparecer com nossos xondaros e xondarias (guerreiros e guerreiras) na Secretaria de Educação Municipal para fazer uma manifestação direta para que o Secretário nos receba e tome uma medida imediata.

Aguyjevete pra quem luta!

Fonte: CGY (Comissão Guarani Yvyrupa)

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