1° de maio contra o golpe, em defesa da democracia e dos direitos sociais

Imagem: Alexandre Maciel
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O 1° de maio de 2016 não poderia ter outro mote, diante do golpe de Estado imposto ao Brasil pelo grande capital e a direita. Em todas as regiões do país, a Intersindical se pautou pela defesa da democracia e dos direitos sociais ameaçados. Na capital paulista, a Central esteve presente nas duas manifestações combativas, como no Vale do Anhangabaú, que reuniu mais de 100 mil pessoas e ainda no início da manhã, na Praça de Sé. No Vale Anhangabaú, o ato unitário foi convocado pelas Frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular.

“O momento é muito delicado. Além do governo atual, que nós nunca defendemos, está em jogo a democracia”, ressaltou Nilza Pereira, da Executiva Nacional da Intersindical na manifestação da Pça da Sé, que reuniu cerca de mil pessoas. De acordo com ela, é preciso ir aos locais de trabalho dizer às trabalhadoras e trabalhadores que se atualmente nossos direitos estão em jogo, com o Michel Temer tende a piorar muito mais. “Nós (da Intersindical) pensamos que o momento é de unidade, por isso estamos junto com os trabalhadores que estão construindo a Frente Povo Sem Medo”, disse Nilza.

No Anhangabaú, o Secretário Geral da Intersindical, Edson Carneiro Índio, compôs o bloco de falas das centrais sindicais que expressaram suas posições para a Presidenta Dilma Rousseff, presente naquele momento. “A Intersindical não apóia seu governo, presidenta, mas não temos dúvidas em nos somar aos movimentos sociais para enterrar o golpe que essa direita está impondo ao povo brasileiro”, disse Índio.

“O que está em curso é um golpe contra a democracia, contra a classe trabalhadora, contra as mulheres, os negros, à comunidade LGBT e todos os setores mais prejudicados do nosso povo”, disse. “Falamos aqui dos articuladores públicos do golpe, de gente da laia de Eduardo Cunha, do picareta do Temer, do picareta do Paulinho da Força e do fascista Bolsonaro. Mas precisamos também falar dos que estão ‘articulando por fora’, como o Skaff da FIESP, que diz que não quer pagar o pato. Senhor Skaf, golpista, pague impostos sobre suas fortunas e jatinhos. O golpista Roberto Setúbal, dono do banco Itaú, que pratica extorsão do povo brasileiro cobrando juros de mais de 600% da população endividada”, enfatizou Índio. Não reconheceremos nenhum governo ilegítimo, fruto de um golpe e a classe trabalhadora vai lutar, vai paralisar esse país para enterrar os planos dos golpistas de acabar com os direitos sociais e trabalhistas, de ampliar a terceirização e as privatizações e acabar com as políticas sociais para garantir ainda mais lucros para um punhado de bilionários. Não haverá a paz dos cemitérios que os golpistas querem. Vai ter é muita luta. A Frente Povo Sem Medo e a Brasil Popular anunciaram um calendário de enfrentamento ao golpe e em defesa dos direitos.

Em seu discurso, a presidenta Dilma explicou os créditos suplementares de seu governo, relacionou o golpe a seu mandato com o ataque à política de valorização do salário mínimo e do Bolsa-Família e dos direitos trabalhistas, como o negociado sobre o legislado e anunciou algumas medidas do governo.

Homenagem a Waldemar Rossi

Na Pça. da Sé os trabalhadores homenagearam o grande lutador Waldemar Rossi, que está hospitalizado. “Meus pais nunca negaram a realidade para a gente. O que nos motiva é que meu pai construiu com muita gente e tem vários filhos espalhados aqui. É o que me motiva a sempre estar na militância”, disse Sergio Rossi, filho de Waldemar.

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