Trabalhadores vão às ruas contra o ajuste fiscal do governo e cortes em serviços essenciais

Imagem: Comunicação da Intersindical
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Trabalhadores capixabas foram às ruas na manhã desta sexta-feira, 11, denunciar as graves consequências da política econômica do governo Dilma (PT). A Frente Capixaba de Lutas, formado pelo Sindibancários/ES e outros movimentos sociais e entidades sindicais, realizaram um ato na Praça de Jucutuquara, em Vitória, com distribuição de panfletos para mobilizar a população em defesa dos seus direitos.

Com a justificativa da crise econômica, o governo Dilma (PT) restringiu o acesso ao seguro-desemprego, ao abono salarial, à pensão por morte e ao auxílio-doença; aumentou o preço da energia elétrica e dos combustíveis; e aprovou o Plano de Proteção ao Emprego (PPE), que reduz os salários e mantém o lucro dos patrões. Durante o ato, os trabalhadores também denunciaram os cortes severos na educação e na saúde feitos pelo governo Dilma e de Paulo Hartung no Estado.

“Não compactuamos com esse tipo de prática do governo Dilma e, por isso, fomos às ruas hoje para dizer que os trabalhadores não vão pagar pela crise. A política econômica mantida pelo governo do PT beneficia apenas banqueiros e grandes empresários, enquanto penaliza os trabalhadores. Além disso, a população deve ficar atenta e não aceitar a Agenda Brasil, que prevê, inclusive, pagamento de consultas no SUS”, destaca o diretor do Sindibancários/ES, Dérik Bezerra.

O pacote de ajuste fiscal do governo tem como objetivo principal economizar recursos para pagamento da dívida pública. Para isso, o governo corta recursos de serviços essenciais para a população. Neste ano, a verba da educação sofreu um corte de R$ 9 bilhões, e a da saúde, R$ 12 bilhões. Em greve há 107 dias, os servidores públicos da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) também participaram do ato e denunciaram as péssimas condições de trabalho a que são submetidos.

“O corte de verba na educação prejudica diretamente a comunidade acadêmica, que já sofre com uma infraestrutura precária. A população também tem sofrido com a falta de recursos na saúde. O Hospital das Clínicas foi entregue à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares e hoje atende apenas cerca de 10 mil pacientes por mês, sendo que antes 20 mil pessoas recebiam atendimento. Já vivemos período no hospital em que tínhamos que reciclar material”, denuncia o diretor do Sindicato dos Trabalhadores da Ufes (Sintufes), Wellington Pereira.

Paulo Hartung usa crise para arrochar salários

A crise econômica é usada como desculpa pelo governo Hartung (PMDB) para cortar recursos da saúde e da educação e negar o reajuste anual dos salários dos servidores. O corte de despesas efetuado por Hartung atingiu, por exemplo, as verbas das escolas. Essa é a mesma política do governo Dilma, que faz cortes em áreas sociais para garantir o lucro de banqueiros e empresários.

O balanço financeiro do primeiro semestre revela que a crise não atingiu o Estado como propagandeia Hartung. O relatório aponta um superávit de R$ 479,54 milhões de reais. Mesmo num cenário de crise, a arrecadação se manteve estável em relação ao mesmo período de 2014. Um estudo independente realizado pela RECTE Consultoria e Capacitação, contratado pelo Sindipúblicos, também revelou a boa saúde financeira do Estado no início do ano. Mesmo assim, o governador diz que o Estado “está falido”, tentando justificar os cortes nas políticas públicas e negar o reajuste salarial aos trabalhadores.

Diante desse quadro, os servidores públicos estaduais estão mobilizados para cobrar do governo o reajuste salarial e o atendimento de suas pautas: 

• Reajuste anual para os servidores com base na inflação 
• Definição de data-base
• Regularização da concessão do auxílio-alimentação
• Implantação de mesa permanente de negociação, conforme determina a Lei Complementar n.º 46/1994

Além disso, está marcado para os dias 15, 16, 17 e 18 de setembro o apagão no serviço público estadual.

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