Intersindical se filia à Federação Sindical Mundial na luta pela defesa dos trabalhadores

Imagem: Alexandre Maciel
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O internacionalismo da Intersindical foi reforçado com a filiação à Federação Sindical Mundial, aprovada em 20/03, último dia do 1º Congresso da central realizado em São Paulo

José Ortiz Arcos, vice-presidente da Federação Sindical Mundial, fez questão de destacar a história da FSM aos delegados presentes: “O papel da Federação Sindical Mundial é entregar apoio político a todos os trabalhadores e trabalhadoras do mundo e todas as organizações sociais que buscam construir uma sociedade sem classes, com decisões democráticas dos trabalhadores”.

Ortiz destacou que durante o período da guerra fria, a entidade sofreu um grande golpe de dentro para fora, com a criação de outra entidade internacional, ligada ao governo dos EUA. “Criaram as condições para impedir que os trabalhadores do mundo alcançassem seus direitos e adotassem posturas de conciliação com os grandes monopólios empresariais. Criaram na Europa um escritório para dividir o sindicalismo mundial. Em 1949 surge a CIOLS – Confederação Internacional de Organizações Sindicais Livres – largamente influenciada pela política do Estado norte-americano”, lembrou.

Anos depois, com a crise do socialismo europeu e o fim da União Soviética, em 1991, novas divergências políticas levaram algumas centrais, como a CGT francesa, a defenderem o fim da FSM – sem sucesso.

Hoje a FSM conta com 80 milhões de membros em mais de 120 países. Atua para construir a unidade classista dos trabalhadores. Possui representantes permanentes nos organismos internacionais, desenvolvendo nesses organismos a luta em defesa dos interesses dos trabalhadores, se posicionando sempre contra o monopólio que existe dentro destas organizações. Atualmente, sua sede situa-se em Atenas, Grécia.

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“Nosso lema: transformar, transformar, transformar. Defender uma organização sindical que defenda de fato os trabalhadores e trabalhadoras. O capitalismo nunca vai ser possível de ser reformado, só conduz a mais misérias, mais problemas”, explicou Ortiz.

A tarefa dos trabalhadores do mundo, segundo ele, é muito dura. “Porque nós temos que lutar contra o imperialismo, à entrega as multinacionais como também querem que o povo não tenha saída. Estes são os planos do capital em nível internacional. Qual é o discurso? Ter que renunciar à seguridade social, férias, salário, porque ao contrário se perdem postos de trabalho”, explicou.

“Neste momento de agravamento da crise estrutural do capitalismo, quando os esforços isolados, parciais, específicos esgotam-se, frustram e imobilizam, faz-se necessário perceber o óbvio: a internacionalização do capital impõe a internacionalização da luta de classes. A classe trabalhadora precisa de um projeto estratégico global, por mais que devamos dar atenção também às lutas locais”, explica Ricardo Saraiva Big, secretário de Relações Internacionais da Intersindical Central da Classe Trabalhadora.

Princípios da FSM:

– Funcionamento democrático – eleições para todos os órgãos e em todos os níveis;
– Orientação Internacionalista – solidariedade internacional;
– Luta pela paz e amizade entre os povos – contra as guerras imperialistas;
– Defender o direito de cada povo, de cada classe trabalhadora decidir por si mesmo sobre seu presente e futuro;
– Os recursos naturais de cada país pertencem ao povo e aos trabalhadores do país;
– A FSM é contra a privatização;
– Unidade da classe trabalhadora – aliança com os camponeses pobres, os sem terra, os intelectuais;
– Envolver os jovens, as mulheres e os trabalhadores migrantes na vida, ação e administração dos sindicatos;
– Prioridade aos temas de segurança e saúde para os trabalhadores, a qualidade de vida e o ambiente em geral;
– Máxima prioridade dentro das empresas transnacionais e à organização e coordenação internacional de solidariedade proletária;
– Golpear o carreirismo, o elitismo, a burocracia, a cooptação e a corrupção;
– A FSM defende o direito de todas as trabalhadoras e trabalhadores à educação, à saúde e a previdência social públicas e gratuitas;
– A FSM, como organização sindical classista, reforça da crítica, a autocrítica e a relação fraterna entre dirigentes e afiliados;
– A FSM luta pelas liberdades sindicais e democráticas, e é contra a violência do Estado, o autoritarismo e a perseguição de sindicalistas;
– A FSM é contra o neofascismo, o racismo, a machismo e a homofobia.

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