Eneida Koury: Novo feminismo deve ser um feminismo classista

Imagem: Alexandre Maciel
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Eneida Koury, primeira mulher eleita a ocupar a presidência do Sindicato dos Bancários de Santos e Região, destacou durante o 1° Encontro de Mulheres da Intersindical na noite de quinta-feira (17), em São Paulo, o papel estratégico da Intersindical Central da Classe Trabalhadora no atual contexto político e a urgência do feminismo classista.

“Quis a história nos colocar o desafio de fazer nosso 1º congresso num momento tão singular no qual vive o nosso país, que nos chama a uma atitude responsável e nos chama à maturidade. Se tudo o que tá aí não presta porque está podre, e há ligação entre partido, governo e patrão, esse é o nosso diferencial: ser independente de partidos políticos e de patrões. As mulheres da Intersindical não têm medo da luta!”, destacou Eneida.

“A Intersindical nasce sob esse novo signo, como importante referência de luta classista, democrática e independente. Nós sabemos que o capitalismo se vale da opressão para se expressar e é por isso que hoje vivemos tantos projetos de lei com avanços conservadores”, afirmou ela.

Entre os exemplos citados, Eneida Koury destacou o PL 4330, da terceirização, “que precariza e terceiriza todos os trabalhadores e trabalhadoras, e nós sabemos, que vai afetar mais as trabalhadoras”, e a reforma da Previdência, “que  iguala a idade de aposentadoria e homens e mulheres embora todos saibam que a mulher exerce dupla jornada ou tripla e ainda cuida de doentes e idosos”.

“As mulheres negras são as que mais perdem direitos, por isso nosso novo feminismo deve ser um feminismo classista, porque todas nós somos trabalhadoras e sem o feminismo que combate as opressões não vamos pôr fim ao capitalismo e a essa era de opressões”, explicou Eneida.

Quase 47% do que o governo arrecada vão para o pagamento da dívida pública com os banqueiros. “Nisso eles não mexem. Agora os bancos tiveram lucros em 30% em plena crise, mas isso não é debatido. Fala-se apenas em corte dos programas sociais e o povo tem que pagar pela crise. A taxa de juros exorbitante tira a possibilidade de vida das nossas famílias para dar para os rentistas e agora a reforma da Previdência vem sendo levada pela elite para nos explorar, não podemos aceitar!”.

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