Ato unificado contra cortes de direitos

Imagem: Comunicação da Intersindical
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Fomos às ruas junto a diversas categorias de trabalhadores e trabalhadoras de todo o Estado, para dar o primeiro passo na construção de uma GREVE GERAL!

Quando nossa categoria entrou em ESTADO DE GREVE em abril, já prevíamos um cenário de ataques ao serviço público e retirada de direitos. Mas os acontecimentos dos últimos meses foram ainda mais duros do que esperávamos. Com a chegada de Michel Temer (PMDB) ao poder, além do PLC 257, os planos do governo federal de eliminação de gastos com serviços públicos foram bruscamente ampliados.

O PLC 257 foi aprovado na última semana na Câmara Federal e agora vai seguir para o Senado, onde também tende ser aprovado. Por sua vez, a PEC 241, que congela o orçamento público pelos próximos 20 anos, avançou passando pela Comissão de Constituição e Justiça e deve ir a plenário nas próximas semanas. Prestes a entrar em votação, também está o PL 4567/16 que retira da Petrobrás o monopólio sobre a exploração do pré-sal, cujos royalties atualmente são destinados para investimentos em educação e saúde.

Até o final do ano, Temer e os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB), já estão articulados para aprovar também a Reforma da Previdência e a Reforma Trabalhista. Reforma, leia-se, retirada de direitos.

Em Santa Catarina, o governador Raimundo Colombo lamentou, isso mesmo, lamentou que o PLC 257 tenha sido aprovado sem a imposição de suficientes contrapartidas dos estados para a renegociação das dívidas com a União. Avalia como brando um projeto que é uma agressão direta ao financiamento dos serviços públicos no Brasil.

Mas Raimundo se queixa de barriga cheia, porque aqui em Santa Catarina, contando com seus aliados na Assembleia Legislativa, ele já cortou por todos os lados. Desde 2015, aumentou a alíquota de contribuição previdenciária e promoveu a fusão do fundo de previdência com o fundo financeiro comprometendo os recursos da aposentadoria de nossos servidores. Colombo também editou decreto congelando o orçamento e vedando aumentos salariais por dois anos. Em 2016, cortou fatias significativas do orçamento para áreas fundamentais como saúde e educação.

Nos nossos hospitais, falta de tudo, desde medicamentos a insumos básicos para as atividades diárias. A falta de servidores está comprometendo cada vez mais as condições de trabalho nas unidades de saúde. As equipes estão sobrecarregadas. Estamos chegando no nosso limite!

Enquanto isso, o governo do estado gasta milhões em recursos públicos para difundir que Santa Catarina é diferente porque não deixa de investir. De que adianta prédios novos sem gente pra trabalhar dentro? Nosso governador já deu demonstrações de sobra de que seu compromisso é com empresários e não com a população. Constrói e reforma hospitais para depois entregá-los à iniciativa privada. Ele está destruindo o serviço público e retomando a lógica da privatização.

Se tudo seguir assim, em pouco tempo não teremos mais escolas e hospitais públicos, nem servidores/as públicos para contar a história. A crise econômica e o pagamento da dívida pública não podem mais ser desculpas para retirar direitos conquistados a base de muita luta por nós trabalhadores e trabalhadoras. Eles não estão do nosso lado e o discurso do “estamos fazendo o que podemos” não cola mais. Tirem dos banqueiros estrangeiros e dos milionários.

É hora de estarmos preparados para uma batalha longa e difícil, mas necessária para defendermos o serviço público.
É hora de construirmos uma grande mobilização para a GREVE GERAL!!!

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Fonte: SindSaúde-SC

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